sábado, 17 de janeiro de 2009

22ª Conversa

Outro Eu a pensar alto...

"O sentimento de culpa é o sofrimento obtido após reavaliação de um comportamento passado tido como reprovável por si mesmo. A base deste sentimento, do ponto de vista psicanalítico, é a frustração causada pela distância entre o que não fomos e a imagem criada pelo Superego daquilo que achamos que deveríamos ter sido." (wikipédia)

Mas não estará muitas vezes o nosso Superego influenciado por situações externas? Não poderá o Superego estar enganado ou a sobrevalorizar? A verdade é que quando se tem uma baixa auto-estima existe uma tendência constante para se culpabilizar por situações, gestos ou ocasiões que nem estavam ao nosso alcance.
Por outro lado, acho que existe tambem uma tendência para culpabilizar o outro por não ter dito, estado ou feito algo que era "tão importante para nós". Será que não viu? Será que não se apercebeu da importancia? Porque não fez? Porque não apareceu? Aqui volta-se a questão da necessidade e da dependência do outro.

A verdade é que nem temos a culpa de todos os males do mundo, assim como o outro não tem culpa que tenhamos essa dependência. Há que viver considerando que nem sempre vai correr tudo bem, e que não será culpa nossa, afinal existem múltiplos factores externos que influenciam os acontecimentos, e viver de conscientes que o outro gosta de nós e até nos apoia mesmo que não esteja sempre presente.

3 comentários:

Anónimo disse...

bem explanado pelo outro eu.

a questão das influencias exteriores é notória.
uma coisa saliento, agarrarmos à honestidade e paz ao máximo para q o exterior nao nos abale para o outro extremo.

( e tal devemos pedir a Deus coragem...afinal o caminho da Salvação não é mar de rosas...)
O q fomos e o q deveríamos ter sido...é sempre uma dualidade presente na alma.
Quem seríamos, quem somos e quem seremos...triologia do ego!

Cris disse...

Daí a importância de nos conhecermos bem e de nos aceitarmos. É verdade que há factores externos que nos são alheios, que não podemos alterar e que nos afectam. Mas se nos conhecermos e se nos aceitarmos e gostarmos de nós até esses factores não terão tanta influência sobre nós. Pela minha experiência, quando que eu estou bem comigo, as coisas complicadas parecem mais simples. A dificuldade é manter esse equilíbrio interior.
Quanto a culpar o outro, somos nós que permitimos que o outro vire o culpado. Seria, muitas vezes evitado, se a nossa atitude fosse diferente. Outras vezes, o outro é mesmo culpado! :P
Sabes que te apoio a esta distância!
Um beijo grande e poucas culpas!

Mi disse...

Agora não tenho muito tempo para me perder em conversas, mas adorei a ideia deste teu blogue! Parabéns.

Beijinho e boa continuação!