Senti uma necessidade imensa, quase desesperante, de estar com o mar... Fui à praia. Estava deserta e com um nevoeiro que me transportou para lá dos pensamentos... Olhei o mar, senti-o, provei-o... Depois desses instantes, quase de uma forma institiva fiz um circulo ao meu redor, significando-me. Olhei-o. Tinha pegadas de outras gentes que por ali tinham passado. Tentei apagá-las com os pés. No final, olhei-o novamente. As pegadas dos outros tinham desaparecido mas tinham ficado as minhas. Parei por breves instantes e pensei: a minha vida será marcada por acontecimentos... Então é preferível que seja marcada por mim e pelas minhas pegadas.
2 comentários:
Minha querida, o mar é e será também para mim o lugar onde me procuro, por vezes me encontro e que a atracção que ele me transmite é quase fatal.
E consigo ver esse teu mar, numa tarde de um Outono quase parecendo inverno, que vinha beijar a praia de uma maneira violenta e temperamental como ele sabe ser.
Imagino como deve ter sido reconfortante, olhá-lo... fazendo o circulo à tua volta...
não deixando que as pegadas de outros marcassem o teu circulo (vida) e que ficassem apenas as tuas a marcá-lo. E...acredita que as tuas pegadas marcarão não só a tua vida, mas por onde passares.
Gostei das tuas palavras escritas envoltas em cheiro de maresia, sabor a sal, num entardecer que fizeram nascer este post.
Um beijo de carinho imenso.
Lindo pensamento e boa decisão.
Beijinhos da Utilia
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